segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Mais imagens de Viena
Casa onde Beethoven morou entre 1815 e 1817. Passei em frente sem querer e vi escrito. Não sabia antes.
Ruas de uma área menos turística
Só tinha colocado fotos das áreas mais turísticas até então. Mas sempre existem mais coisas pra se descobrir em Vienas. Andando, andando, se acha lugares fotografáveis.
A Áustria elegeu seu novo parlamento
Por aqui não tem lei seca. Bares e restaurantes servem bebidas alcóolicas em dia de eleição sem nenhum problema.
Houve pleito também na vizinha Baviera, que elegeu seu parlamento local. O partido local da Baviera CSU, ainda mais conservador que o irmão em nível nacional CDU, de Angela Merkel, ficou sem a maioria absoluta pela primeira vez em 40 anos, e perdeu a possibilidade de governar o estado sem formar uma coalizão. Ainda teve maioria simples, com 43%.
Restaurante chinês em Viena
Comi um frango cortado em cubos, bem picante. Tinha cenoura e outros vegetais cortados junto. Filei um peixe dos outros, também bem picante. Normalmente, se pedia um prato com carne e uma tigelinha de arroz branco para acompanhar. Nas mesas, só pauzinho. Acho que quem não soubesse usar o pauzinho, poderia pedir os talheres ao garçom.
Tomei chá verde.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Comidas engordativas
Só comi Doner duas vezes aqui em Viena. O pão daqui é pão de hambúrguer. Na Alemanha, é parecido com pão sírio, bem melhor. Vou deixar pra comer mais quando voltar. A parte de salsichas é muito boa, por causa da ampla variedade. É possível comer uma das muitas salsichas picadas, ao lado de pão e mostarda, ou comer Hot Dog (sim, aqui tem Hot Dog, ao contrário da Alemanha, onde só tem salsicha no pão pequeno) com a salsicha Frankfurter, que é a mais simples de todas. Aliás, não vi Frankfurter em Frankfurt. As estandes de pizza vende quartos que alimentam como uma individual inteira por 2,50.
Saindo das barraquinhas e indo a lugares internos, tem o mais típico daqui: Wiener Schnitzel, normalmente servido com fritas e um limão. E de sobremesa, o melhor pode ser encontrado nos cafés: a Sachentorte. É praticamente um bolo, sem muitas coisas cremosas no meio. Tem uma cobertura de chocolate mais ou menos seca e duas camadas de bolo de chocolate. Entre elas, uma fina camada de geléia de damasco. Na primeira vez que comi, achei meio estranho o gosto azedinho do damasco no meio do gosto doce do chocolate. Agora, acho muito boa.
Bom, e nos cafés e nas lojas de souvenirs, tem o ápice do 171: as bolas do Mozart vendidas em caixas especiais, a alto preço. Eu falei em um post anterior que eu gosto destes bombons, mas como chocolate comum. Compra-se de saquinho em qualquer supermercado. Agora, embalar chocolate comum em caixas elegantes e vender com preço de chocolate especial é muita picaretagem.
Como tem gente idiota neste mundo...
Tenho 23 mais 1 ano. Achar que eu tenho 20, tudo bem. Mas agora, suspeitar que eu tenha 17?!?! Vai ver que ela anda vendo muito seriado teen, em que os atores não são nada teen.
Anúncios satíricos
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Wiener Staatsoper
Neste mês de setembro, não há nenhuma ópera das mais conhecidas na programação (considero como mais conhecidas as do Mozart, as três principais do Verdi, duas do Puccini e Carmen). Talvez porque toda a população de Viena já tenha visto estas.
Uma ótima oportunidade para conhecer outras óperas, o que acabou sendo bom. E mesmo se a apresentação não tivesse sido boa, teria valido a pena pela possibilidade de ver o teatro por dentro, como é possível reparar nas fotos.
E uma vantagem adicional: estudante paga 12 euros e entra em qualquer lugar onde ingressos não foram vendidos. Eu vi embaixo, de perto, e não de lá de cima.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Budapeste
A Hungria, apesar de ser Centro e não Leste europeu, está no lado mais esquecido da Europa. Apesar disso, não vi problemas que esperava encontrar. Não encontrei pobreza aparente, não encontrei mendicância nas ruas, e a cidade me pareceu segura. Nos lugares turísticos, todas as pessoas falam Inglês fluente. Em compensação, não encontrei uma possível vantagem: preços baixos. No almoço no domingo, comi goulash, porco assado com molho e batata frita e tomei dois copos de 200 ml de cerveja pagando 11,50 euros (sim, tem restaurante que aceita euro). Melhor nem pensar quanto é isso em reais. Ah sim, uma coisa muito boa pra mim: a Hungria é o maior consumidor de carne da Europa. Não é um país para vegetarianos.
O tempo estava muito bom tanto no sábado, quanto no domingo. Fez sol ambos os dias e mesmo sendo setembro, a máxima chegou aos 33 graus. No sábado, visitei Buda. Subi na parte alta, que inclui o antigo palácio e as muralhas do antigo castelo. Parte do palácio contém o museu da cidade, que eu visitei. Depois de descer do palácio, caminhei até o sul, onde tinha o hotel com os banhos termais. Me banhei por 20 minutos.
No domingo, circulei por Peste (onde estão a maioria dos pontos turísticos, o centro, e a maior parte da vida da cidade), dando uma passadinha pela Ilha Margaret, um oásis verde que fica entre as duas partes do Danúbio.
Parlamento húngaro
Norte de Buda
As duas cidades e a Ilha Margaret no meio
Escavações em Buda
Buda, atrás do Palácio
Geral da cidade, vista de cima
Palácio e fortificações
Interior do hotel onde tem os banhos. Não tirei foto da piscina porque não vou carregar câmera enquanto me molho. Nota-se que é uma construção de estilo turco. Os banhos foram introduzidos no período de dominação turca, nos séculos XVI e XVII.
Goulash húngara. É o típico estereótipo de sopa: caldo, batata, cenoura, cebola e pedaços de carne. A goulash húngara é uma sopa. A goulash alemã é um ensopado.
Camisetas engraçadas. Pensei em comprar uma delas, mas depois pensei: preciso de mais camiseta?
Também tem forró. Nota-se que o húngaro é um idioma muito estranho, cheio de tremas e acentos.
Boulevard
Praça dos Heróis, e alguns heróis que selecionei pra aparecer na foto.
Estava tendo a maratona no dia
A ópera
A Sinagoga. Visitei o museu judeu, anexo ao templo, mas não fotografei.
Quarteirão judeu
Rua do centro
Uma igreja vista de trás
Dois lados do rio.
Ilha Margaret
Monumento ao 1956
Parlamento
Famosa Confeitaria Gerbeaud, e o doce local minúsculo, mas muito bom.
Basílica
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Exposição "Tuthankhamen"
Na maioria das vezes, as exposições de Egito antigo que chegam ao Brasil são pequenas. Mas se esta por acaso chegar, eu recomendo.
E por falar em Tuthankhamen, me lembrei desta música, que de tão ruim chega ser boa. Só eu me lembrei. Não teve nenhum audio no museu com isso não.
O que era doce - leia-se meses sem R - acabou
Ontem foi um ensolarado, com moderado calor no período da tarde. Hoje, depois de 4 meses, estamos de volta aos meses com R. Ainda se espera uma semana mais ou menos quente. Mas o frio bravo vem daqui a pouco. E em outubro eu volto pra Alemanha, que é mais fria do que a Viena. Tudo bem que o R é uma simplificação. Na verdade, o mês de setembro é em média um pouquinho mais quente que o mês de maio. Mesmo assim, o R continua um bom indicador.
É certo que o tempo tem um componente aleatório até maior do que o componente que obedece a época do ano. Em Erfurt neste ano, fez 15 graus no dia mais quente de fevereiro e 10 graus na madrugada mais fria de julho. Mesmo assim, o tempo oscila em torno de uma média. O inverno 2007/2008 na Alemanha foi excepcionalmente quente. As temperaturas de janeiro costumavam oscilar entre 3 e 8 graus. Os alemães me disseram que o inverno 2006/2007 também teve temperaturas acima da média. Portanto, é mais fácil acreditar que o inverno deste ano vai gelar, porque três invernos mornos seguidos seria demais. Ou não: o componente aleatório das temperaturas não são correlacionados. O inveno do final deste ano pode ter temperaturas acima da média (sendo só um pouco frio) ou abaixo da média (sendo extremamente frio), nada tendo a ver com os últimos dois anos. É como jogar cara e coroa. Se der duas caras seguidas, a probabilidade de dar cara pela terceira vez continuará sendo de 50%.
Nos últimos três anos, os desvios foram bem estranhos. O inverno 2005/2006 na Alemanha foi bem gelado, com temperaturas de 10 graus negativos de vez em quando. Justamente naquele 2006, o verão foi bastante quente. Era isso que diziam os repórteres durante a Copa. Quando estive lá uma semana depois da Copa, peguei temperaturas tocantinenses. Já em 2007 e 2008, o verão foi bem fraquinho.
No Brasil, uma cena se repete quase todo ano. No mês de agosto tem aqueles dias bem secos e ensolarados, com máxima chegando a 28. Aí tem gente que fala: “nossa, se já está assim, imaginem quanto vai estar no verão”. Bom, aí chega o verão com os mesmos 28 graus, só que com chuva. E tem gente que não aprende.
Antes de ir para a Alemanha, eu vi uma palestra de um brasileiro que fez mestrado e trabalhou por um tempo na Alemanha. Ele disse que a principal dificuldade era o Natal, porque além do frio, do dia curto (janeiro e fevereiro são meses mais frios que dezembro, porém, de dias menos curtos e mais ensolarados) e do céu a dois metros acima da cabeça, tinha o problema da solidão, pois todos os colegas voltavam pras suas famílias. Bom, eu não liguei pra isso no primeiro inverno, pois era o que eu tinha acabado de chegar. Nem deu tempo pra pensar nessas coisas. Tinha muitos estudos e o entusiasmo de estar em um luga novo. Além de tudo, Erfurt tem o mercado de Natal mais bonito da Alemanha. Mesmo o segundo inverno, duvido que seja tão drástico. Não sou tão avesso a frio. Gosto de ter todas as estações do ano. Tudobem que na Alemanha irrita um pouco, pois o verão é insignificante e o inverno dura seis meses. Mas são problemas aos quais se adapta. Frio se sente no verão. Para o inverno, existem aquecedor pra ambiente interno e casacos enormes pra ambiente externo. Só se sente frio se ficar muitas horas exposto e o casaco começar a esfriar. E quanto às pessoas que somem no Natal, eu sei que com minha classe não se chega a este extremo.
Bom, acho que ainda tenho mais uma semaninha quente. Depois, sete meses de frio.
Obs. Ficar sem Internet no apartamento aqui em Viena enche o saco de vez em quando. Escrevi este texto ontem no meu lap-top e gravei em um USB, para levar a um computador com Internet.