sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Dia da Reforma Protestante

Hoje é feriado aqui na Turíngia não por causa do Halloween, mas por causa do aniversário da Reforma Protestante.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Nevou mais cedo

Hoje caiu a primeira neve deste outono. Veio excepcionalmente mais cedo. Costuma começar a nevar só em novembro.
Ainda há árvores com um pouco de folhas.

domingo, 26 de outubro de 2008

Hussamilton




Este sujeito aí, visível nas duas fotos acima, está a 7 pontos de vantagem em relação a Ma..., ah sei lá, esqueci o nome inteiro do adversário. Só lembro que o adversário é vermelho. Alguns dizem que a disputa já está liquidada. Outros dizem que ele ainda pode perder. Jovem, tem muita garra, ousadia e simpatia. Mas peca pela falta de experiência. Pode errar na hora H. O adversário não tem o mesmo carisma, é menos querido pelo mundo, mas tem mais experiência. Tudo pode acontecer. A sorte está lançada. Na semana seguinte saberemos o vencedor.
Brincadeiras a parte, tratam-se de duas, e não uma pessoa. É óbvio que estou torcendo para um preto ganhar e o outro perder. Nem preciso responder qual tem que ganhar, e qual tem que perder. Dãããã...
Mas se nesta semana um gênio chegar para mim, saindo de uma lâmpada mágica, e me disser: "você tem duas escolhas, ou os dois pretos ganham ou os dois pretos perdem". Seria uma opção difícil. Mas eu pensaria, pensaria, pensaria, pensaria e escolheria: os dois pretos perdem.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

É o Brasil fazendo bonito lá fora

Brida, do Pauno Coelho, é o quarto livro de ficção mais vendido na Alemanha, segundo a lista da Spiegel.
Não cheguei a ver o livro em livrarias na Alemanha, porque ainda não observei com atenção as vitrines. Mas em Viena, eu vi Brida em Alemão exposto como um dos maiores destaques nas livrarias.
Na Saturn aqui em Erfurt não tem muita coisa. Mas na Saturn em Viena, na parte de Latin Music, tem Tom Jobim, Gilberto Gil, Chico Buarque, Bebel Gilberto, Maria Rita e outros. Até aí, nenhuma surpresa. Melhor foi ver na parte de pop/rock seis CDs do CSS, mais conhecido no Brasil pelo nome por extenso Cansei de Ser Sexy.

domingo, 19 de outubro de 2008

Eisenach

Neste último sábado eu estive em Eisenach, uma pequena cidade 60 km a oeste de Erfurt. O ponto turístico mais famoso é o Castelo de Wartburg. Quem tem jogo Stronghold pode defendê-lo ou destruí-lo.


Cidade vista de cima do castelo


Uma geral do castelo. A maior parte dele foi reconstruída no século XIX reproduzindo como ele era na Idade Média.



Bosque no outono, visto do alto do castelo


Banho romano


Castelo visto da torre. Foi no Wartburg que Martinho Lutero traduziu a Bíblia para o Alemão



Centro da cidade


Anexo moderno à Casa de Bach


Casa de Bach


Estátua de Bach, que nasceu em Eisenach

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Der Baader Meinhof Complex




Nesta última quarta-feira, eu vi o filme "Der Baader Meinhof Complex", do não tão conhecido fora da Alemanha diretor Uli Edel e do roteirista Bernd Eichinger (o mesmo do A Queda, os últimos dias de Hitler), baseado no livro de Stefan Aust.
O Baader Meinhof é o nome não oficial da organização revolucionária Rote Arme Fraktion, que praticou assaltos, sequestros e atentados na Alemanha durante os anos 60 e 70. O nome não oficial provém dos nomes dos principais integrantes do movimento, Andreas Baader e Ulrike Meinhof.
O filme começa com Mercedes-Benz, da Janis Joplin, ao fundo, e uma praia de nudismo na Alemanha em 1967, onde a jornalista e intelectual de esquerda Ulrike Meinhof passava as férias com o marido e com os filhos pequenos. Um destes vê um jornal que menciona a visita do xá Reza Pahlevi, do Irã, a Berlim Ocidental e pergunta o que é um xá. O pai diz que é um imperador muito mau. Em seguida, o filme corta para um recorte de jornal com uma carta aberta escrita por Ulrike Meinhof à esposa do xá, sobre a miséria e opressão em que vivia o povo iraniano. A cena seguinte é o grande protesto contra o xá do Irã em Berlim Ocidental, no dia 2 de junho de 1967. Iranianos simpaizantes do líder e policiais batem nos manifestantes, um deles é morto a bala. Pouco depois, é mostrado um discurso do líder estudantil Rudi Dutschke contra a Guerra do Vietnã, em 1968. Um jovem de extrema-direita atira em Rudi e logo depois, milhares de estudantes atacam distribuidores do jornal reacionário Bild, acusado de fazer apologia à tentativa de assassinato.
Estas cenas iniciais mostram o que pode ter levado esquerdistas mais radicais a optarem pela luta armada. Em seguida, a jovem Gudrun Ensslin sai de casa após ver seus pais não compartilharem seu inconformismo contra o assassinato de vietnamitas feito pelos EUA, o assassinato de palestinos feito por Israel, o apoio da Alemanha aos EUA na Guerra Fria, e a presença de ex-nazistas no establishment político da Alemanha naquele tempo. A RAF é formada, tendo como líderes o casal Andreas Baader e Gudrun Ensslin, e como mentora intelectual, Ulrike Meinhof.
Depois, há uma seqüência de muita ação. Atentados, fuga à Itália, volta à Alemanha na clandestinidade, assaltos à banco, resgates à companheiros presos, ataques à bases militares dos EUA e treinamento com insurgentes árabes na Jordânia. Os laços entre a RAF e os árabes era tão grande, que, como foi mostrado no film, alguns dos presos para ser soltos na lista de exigência do seqüestro de atletas israelenses nas Olimpíadas de 1972 eram da RAF. Claro que o choque cultural era inevitável. Os toalhas de mesa na cabeça ficaram espantados (e muito provavelmente gostaram) quando viram as guerrilheiras alemãs chegando de shortinho ao campo de treinamento (era deserto, quente, ué). Depois, no acampamento, os alemães ficavam pelados e o Andreas Baader tentava explicar aos árabes que fazer revolução e fazer amor era a mesma coisa.
Finalmente vem a prisão de todos os líderes. Eram mostradas vários cartazes com fotos em preto-e-branco com o anúncio "procuram-se terroristas". Um X em cada foto simbolizava cada um que tinha caído. No presídio de segurança máxima começa o longo processo. Neste meio de tempo, Ulrike Meinhof é encontrada enforcada em sua cela, em 1976. O laudo comprovou suidício, embora haja teorias conspiratórias que neguem.
Em meados dos anos 70, surge uma segunda geração da RAF, que pratica atos violentos com o intuito de libertar a primeira geração. O ponto culminante foi o outono de 1977, com o seqüestro do presidente da associação de empresários da Alemanha Schleyer e o seqüestro de um avião de passageiros da Lufthansa. O governo se recusa a soltar os presos. Durante este período, Baader é encontrado morto na prisão com uma bala na cabeça e Ensslin é encontrada enforcada. Os laudos também confirmaram suicídio. Uma operação de resgate espetacular salva o avião. Schleyer é assassinado. O filme termina tocando Blowing in the Wind (do Bob Dylan mesmo, e não do Suplicy) nos créditos.
O filme de Uli Edel foi criticado pela falta de emoção. Não houve construção profunda de personagens. A personagem mais ou menos principal foi Ulrike Meinhof, mostrada brevemente como uma pessoa verdadeiramente idealista e um pouco depressiva. Andreas Baader apareceu como meio fanfarrão e bundalelê. Mesmo estes dois pesonagens teve que dividir cena com muitos outros. O que dominou o filme foi a seqüência de fatos exibidos de forma mais realista possível. Foi a forma de empacotar 10 anos em duas horas e meia.
O que os críticos viram como ponto fraco, eu vi como ponto forte. O diretor e o roteirista souberam misturar entretenimento com informação sobre uma história que não muita gente conhece direito. E filme é filme, não é tratado de filosofia, sociologia ou psicologia.
O filme foi neutro porque se limitou a mostrar fatos, e achei que esta neutralidade foi superior à "neutralidade" do mais famoso filme brasileiro sobre guerrilheiros, O que é isso companheiro, que tentou explicar muito mastigadinho que a repressão era ruim, mas que sequestrar por causa disso era feio. Já o Baader Meinhof Complex não. Simplesmente mostrou no começo o que poderia ter levado jovens mais radicais a pegar em armas, e depois, todos os absurdos que etes jovens fizeram, incluindo muito sangue. Cabe ao espectador tero dissernimento de saber que assaltar, seqüestrar e explodir bombas não é uma coisa certa. Não precisa ter personagem pra ficar explicando. Não houve tempo sequer do seqüestrado dar lição de moral aos seqüestradores. Schleyer praticamente não falou, até porque sua parte era muito pequena.
O diretor Uli Edel foi esquerdista e simpatizante do movimento estudantil da Alemanha no final dos anos 60, chegou a frqüentar cursos sobre o Capital, mas mesmo naquele tempo, não concordou com os métodos da RAF.
Não vou tecer comparações entre Der Baader Meinhof Complex e O que é isso companheiro em relação aos aspectos técnicos (imagens, som, cenas de ação) porque aí seria covardia. Uma coisa que ambos os filmes de guerrilheiro tiveram em comum foi a pasteurização para estrangeiros e para quem não tinha nascido na época. Der Baader Meinhof Complex sempre quis mostrar como a história principal do filme estava conectada com o contexto mundial dos anos 60 e 70. Apareciam pessoas vendo TV com o pretexto de mostrar imagens reais em preto e branco do 1968 em Paris, Praga, Cidade do México e aquele campus dos EUA que não lembro onde é, dos atletas pretos dos EUA fazendo o sinal do movimento após ganhar o ouro, dos assassinatos de Martin Luther King e Robert Kennedy e a famosa imagem da menina vietnamita correndo das bombas. As músicas de abertura e encerramento fizeram parte do colamento da história à sua época.
Der Baader Meinhof Complex muito provavelmente será indicado pela Alemanha para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Se será indicado, não sei. Se for, acho pouco provável que ganhe.
Acredito que no ano que vem, Der Baader Meinhof Complex esteje em alguns cinemas brasileiros. Aqui, chegou a ocupar duas salas de Multiplex. No Brasil, deve entrar em cartaz em algum cinema perto da Avenida Paulista e no Jaraguá, em Campinas, talvez. Para quem tem interesse nesta história, eu recomendo.

Estou de volta à Alemanha

Cheguei a Erfurt terça-feira, mas devido à correria de início de semestre, só agora deu para atualizar o blog. Fiquei quase três meses na Áustria, mas tive sorte de não ter sido preso em nenhum porão.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Casa Steiner, de Adolf Loos

Em fevereiro deste ano, fui ao Festival de Berlim e vi um "filme" sobre o arquiteto Adolf Loos. Ontem eu passei em frente a um de seus mais conhecidos trabalhos em Viena: a casa Steiner. É uma casa particular, em uma rua completamente residencial, bem longe do centro. Mesmo assim, a rua é interessante porque tem mais casas arrojadas feitas por arquitetos famosos. Na foto mais em baixo, tem uma casa modernosa, ao lado da casa Steiner. Tinha uns estudantes, em frente, com caderno e lápis, desenhando as casas.


A casa Steiner e meu dedão

Torneio de tênis em Viena

Nesta última semana, teve torneio de tênis em Viena. Fui à quadra coberta com piso de carpete, assistir às semifinais no último sábado. Fiquei na última fileira, mas mesmo assim a visão era muito boa.
O torneio foi vencido pelo alemão Phillip Petzschner, que derrotou o francês Gael Monfils. Eu vi o jogo entre o francês e o outro alemão Kohlschreiber (foi o melhor jogo) e o jogo entre Petzchner e o espanhol Lopez. Não é permitido fotografar a quadra quando a bola está em movimento, por isso, só fotografei intervalos. Na foto acima, tem Monfils bem na direita, com a camisa regata. Cara de Zé Roberto (ou Zé Pequeno). Na foto abaixo, também na direita, tem Petzschner (de camisa branca e short azul) dando entrevista, depois da vitória na semi.


É Che na terra de Hayek e Von Mises

Na última quinta-feira, 9 de outubro, foi inaugurada uma estátua do Che Guevara no Donaupark, em Viena. Na inauguração, o prefeito Michael Haupl disse que o monumento simbolizava os esforços da cidade em combater a pobreza.
O revolucionário argentino não está sozinho. Sua estátua está localizada ao lado da estátua de Simon Bolivar, inaugurada nos anos 80. O Donaupark ainda tem estátuas do Jose Marti e do Salvador Allende.







sábado, 11 de outubro de 2008

Jorg Haider morre em acidente de automóvel

Na madrugada deste sábado, o líder extremista de direita Jorg Haider acidentou-se fatalmente com seu VW Phaeton na cidade de Klagenfurt, na Áustria.
Leia mais aqui

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Edward Hooper



Aqui em Viena, tem um museu de arte contemporânea no Museums Quartier, com exposições temporárias. Atualmente, está tendo exposição de trabalhos do pintor norte-americano Edward Hooper (1882-1967). Sua obra inclui óleos sobre tela que expõe cenários vazios, solidão, vida contemporânea, luz e sombra. O artista também fazia ilustrações para revistas com grafite.
Além das obras deste pintor, a exposição tinha alguns trabalhos contemporâneos ligados ao tema, como uma instalação, feita por um austríaco, que reproduzia o quarto do quadro na foto acima. Também tinha trabalhos que eram um misto de pintura e cinema. Havia uma foto grande ao fundo e imagens projetadas em cima da foto com um projetor, lembrando movimento. Por exemplo, havia um com no fundo uma porta de vidro, uma escada, e a rua no lado de fora. Um projetor mostrava pessoas de terno andando na rua.
Algumas das coisas contemporâneas, como essas projeções, foram um pouco dispensáveis, mas os quadros e ilustrações de Edward Hooper valeram a pena ver.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Bratislava

Neste último sábado, estive em Bratislava, capital da Eslováquia. É praticamente uma cidade-satélite de Viena, fica a 80 km. Tem 420 mil habitantes, cidade razoavelmente pequena para uma capital nacional.
Tem um bom centro, e um monte de Plattenbau nos arredores. Neste centro, há muitos restaurantes refinados. Há vários com o beef tartar. Não pago caro pra comer carne crua. Acho que os austríacos frequentam. Ao contrário do que foi mostrado no filme Euro Tour (acho que é este o título), nem tudo é barato em Bratislava. Os restaurantes sofisticados têm pratos principais com preços de dois dígitos em euro. O ônibus sim, é barato. A passagem custa menos que 1 euro. Comer nos arredores também sai mais barato.
Além do filme mencionado, a outra referência a Bratislava no cinema foi o filme 007 The Living Daylights, de 1987, com Timolty Dalton.


Palácio do governo da Eslováquia


Rua da área comum da cidade


Porta de entrada do centrinho


Loja de tapetes


Segunda porta de entrada


Dentro do centrinho


Ruela. Sem trocadilhos




Dentro do centrinho


Rio Danúbio, com a Ponte Nova e o disco-voador a 100m de altura



O Danúbio


Castelo de Bratislava, visto do outro lado do rio


Disco-voador visto de baixo. Não subi nele. Mas sei que tem um restaurante refinado em cima, e um sábado por mês, funciona um night club.


Catedral St. Martin


Carlton


A Ópera de Bratislava


A Filarmônica, na mesma praça que a Ópera



Quadrado central da cidade







Saiu repetido, não consegui apagar


Viaduto e terminal de ônibus. Lembrei-me de Campinas


Ruínas de um castelo, a 3 km da cidade. Foi castelo, foi fortificação romana antes. Tem uma pequena exposição arquitetônica, com ossos de gente.




O poço


O Danúbio. À esquerda, a Áustria. À direita, a Eslováquia.





Afluente do Danúbio, visto já de baixo


Encontro de rios


O castelo da cidade de Bratislava. Caminho até o topo.


Construção barroca sobre as fortificações do antigo castelo.





A cidade vista do monte onde está o castelo



Pequenas ruas vazias, com prédios velhos.


Navio de cruzeiro sobre o Danúbio