Na Alemanha, é possível dizer que há não três, mas quatro níveis de governo: municipal, estadual, federal e, valendo pra toda União Européia, continental. Para a Alemanha, 2009 acabou sendo um super ano eleitoral, pois algumas cidades e estados fazem eleições nos quatro níveis. Cada cidade e estado tem seu próprio calendário. E ontem, muitas cidades, incluindo Erfurt, fizeram eleição municipal. Conselheiros (vereadores) foram eleitos para mandato de cinco anos. A coincidência com a eleição para o Parlamento Europeu foi proposital: como as eleições para o nível mais baixo e mais alto são as que menos atraem interesse, fazê-las no mesmo dia evitaria abstenção muito alta. Mesmo assim, menos da metade dos eleitores registrados votou. Não sei o que explica o pouco interesse pelo pleito local, mas para o europeu, há uma explicação: a UE não é um estado, portanto, o parlamento não tem muita relevância.
Por causa da dupla eleição, havia vários cartazes nos postes de Erfurt até ontem. E vários eventos partidários no Anger, que atraiam meia dúzia de gente. No início da semana passada, eu recebi na caixa de correspondência do meu prédio um panfleto do NPD, o partido neonazista. Na verdade, o NPD é como Vanderney da sauna gay do Casseta e Planeta. O partido tem bandeira vermelha, preta e branca, agenda xenofóbica e membros carecas, mas não admite que é neonazista porque caso o fizesse, seria proibido. O panfleto tinha coisas hilárias: separação das salas de aula para estudantes alemães e estrangeiros, não ao multiculturalismo, não à abertura de novos negócios de estrangeiros, veto à abertura de novos grandes supermercados para proteger pequenos comerciantes especializados etc. Pra piorar, o partido agiu fora da lei: é proibido colocar propaganda em caixa de correspondência. O NPD teve 2,6% dos votos em Erfurt. Como em eleições municipais não existe a barreira dos 5%, os neonazistas enrustidos conseguiram uma cadeira no conselho. O SPD, do atual prefeito, ficou com a maioria: 17. O CDU teve 11, o Die Linke 10, os Verdes 4, os independentes 4, o FDP 3. Ao todo, os partidos de esquerda e centro-esquerda (SPD, Linke, Verdes) obtiveram 31 assentos e os de direita (demais) obtiveram 19.
Como pode ser visto, o resultado em Erfurt foi bem diferente do resultado das eleições para o Parlamento Europeu. No continente como um todo, os social-democratas tiveram grandes perdas. Os partidos de centro-direita se mantiveram como o principal grupo. Na Alemanha, seguindo a tendência continental, o SPD perdeu feio: ficou com apenas 23 dos 99 assentos reservados ao país. O CDU/CSU foi o grande vencedor, obtendo 42. Felizmente, na Alemanha, os partidos de extrema-direita não conseguiram formar bancada. Em outros países, foram eleitos deputados anti-islamismo e anti-UE.
Por causa da dupla eleição, havia vários cartazes nos postes de Erfurt até ontem. E vários eventos partidários no Anger, que atraiam meia dúzia de gente. No início da semana passada, eu recebi na caixa de correspondência do meu prédio um panfleto do NPD, o partido neonazista. Na verdade, o NPD é como Vanderney da sauna gay do Casseta e Planeta. O partido tem bandeira vermelha, preta e branca, agenda xenofóbica e membros carecas, mas não admite que é neonazista porque caso o fizesse, seria proibido. O panfleto tinha coisas hilárias: separação das salas de aula para estudantes alemães e estrangeiros, não ao multiculturalismo, não à abertura de novos negócios de estrangeiros, veto à abertura de novos grandes supermercados para proteger pequenos comerciantes especializados etc. Pra piorar, o partido agiu fora da lei: é proibido colocar propaganda em caixa de correspondência. O NPD teve 2,6% dos votos em Erfurt. Como em eleições municipais não existe a barreira dos 5%, os neonazistas enrustidos conseguiram uma cadeira no conselho. O SPD, do atual prefeito, ficou com a maioria: 17. O CDU teve 11, o Die Linke 10, os Verdes 4, os independentes 4, o FDP 3. Ao todo, os partidos de esquerda e centro-esquerda (SPD, Linke, Verdes) obtiveram 31 assentos e os de direita (demais) obtiveram 19.
Como pode ser visto, o resultado em Erfurt foi bem diferente do resultado das eleições para o Parlamento Europeu. No continente como um todo, os social-democratas tiveram grandes perdas. Os partidos de centro-direita se mantiveram como o principal grupo. Na Alemanha, seguindo a tendência continental, o SPD perdeu feio: ficou com apenas 23 dos 99 assentos reservados ao país. O CDU/CSU foi o grande vencedor, obtendo 42. Felizmente, na Alemanha, os partidos de extrema-direita não conseguiram formar bancada. Em outros países, foram eleitos deputados anti-islamismo e anti-UE.
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