segunda-feira, 11 de maio de 2009

E-participation

Na última quinta-feira 7 de maio, visitei a Binary Objects, em Berlim. Esta firma produz software para cidades que desejam consultar seus cidadãos sobre decisões a serem implementadas. O software inclui banco de dados de assuntos discutidos, fórum de discussão sobre propostas e mecanismos de votação. O software pode ser adaptado com ferramentas adicionais aos propósitos e necessidades locais. As cidades de Berlim-Lichtenberg e Colônia utilizam o software para realizar o orçamento participativo (Bürgerhaushalt). A cidade de Hamburgo utiliza o software para coletar idéias visando à construção de uma nova ponte. O visual do programa pode ser adaptado ao site de cada município.
Há mais adaptações possíveis: a firma pensa em incluir o Google Maps no programa, para que no caso de orçamento participativo, por exemplo, a população possa discutir detalhes sobre as obras em cada localidade inclusive com as construtoras que vão realizá-las.
A participação popular on-line em governos se tornou possível devido ao surgimento da Web 2.0, com suas várias ferramentas que permitem a interação horizontal. Blogs e wikis, por exemplo, possibilitam pessoas diferentes criarem textos on-line, sem uma pessoa controlando de cima. Bem diferente se comparado aos primórdios da difusão da Internet nos anos 90, quando a transmissão de informação era basicamente de via única, de emissor para receptor. Já existia a tecnologia para se fazer ferramentas interativas. Apenas, não houve a idéia de alguém colocar em prática.
Agora sim.

Alô alô computeiros brasileiros: como o orçamento participativo é invenção nossa, que tal criar empresas para fornecer serviços de tecnologia para as Prefeituras?

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