sábado, 6 de outubro de 2007

A gastronomia local

Vou precisar de mais tempo para provar todos os tipos de comida oferecidos nos restaurantes daqui de Erfurt. Aqui se come bem por preços moderados.
O mais comum de se encontrar é barraca que vende a Bratwurst local com pão e mostarda, com preço entre 1,00 e 1,50. Não só a salsicha é local, como também a mostarda. Apenas o pão é padronizado em todo país. Pequeno, duro e seco. Não fica ruim porque a mostarda serve para umedecer o lanche. A função do pão é evitar o contato direto da mão com a salsicha. Há também lanchonetes que vendem salsichas, com mais opções, incluindo molho de curry e batata frita.
Em segundo lugar, vem a lanchonete turca que vende gyros (ou doner), que consiste em pedaços de carne retirados de um grande pedaço churrascado. Estes pedaços são colocados no pão sírio e acompanhados por salada e molho.
Em terceiro lugar, vem os italianos. Ainda não provei nenhum. Comida italiana estou careca de conhecer. Há ainda outros tipos. Tem restaurante grego. Meditrrâneo também. Em quaquer restaurante, o preço dos pratos individuais dificilmente passa dos 10 euros. É muito comum comer por menos de 5, principalmente nos turcos.
Hoje eu almocei em um restaurante vietnamita. Comi por 5,50 euros um prato que tinha frango com legumes, temperado ao molho de curry e leite de coco, e arroz. Devido à presença do leite de coco, do tomate, da cebola e do pimentão, o prato lembrou um pouco uma moqueca. O prato mais simples do restaurante é o arroz com ovo e legumes. Quem é chegado em carne, ao invés do frango, pode optar pelo coelho ou pelo pato, também temperados com curry e leite de coco.
Para depois do almoço, existe a opção de tomar sorvete de uma bola por 0,50 ou ir para um café, que vende Apfelstrudel com sahne, sorvete e taça de café, tudo por 3,60.
Mas mesmo sendo moderados os preços, comer fora é mais uma exceção do que uma regra (a partir da semana que vem, almoçarei todos os dias no Mensa da universidade e jantarei quase sempre em casa, deixando os restaurantes para o fim de semana). No supermercado é tudo muito mais barato. Uma pizza de esquentar no forno custa 1,25. Uma pizza individual normalmente custa 3,50 em uma pizzaria. A única coisa que aqui realmente custa caro é tomar cerveja ou refrigerante fora de casa. 200 ml de Coca normalmente custa 1,40, 400 ml de cerveja normalmente custa 2,60. Já no supermercado, um pacote de 6 garrafas long neck custa 2,90.
Com os preços normalmente baixos, não tenho a tentação de esquecer de multiplicá-los mentalmente por 2,80 para compará-los com os da minha terra natal.
E por falar em produtos adquiridos em supermercado, não reparei um freguês com Coca Cola no carrinho. Porém, reparei pelo menos três carrinhos com Vita Cola. Acredito que se trate de preferências econômicas, e não ideológicas (já falei em um post anterior da diferença de preços). O refrigerante socialista faz sucesso no mercado capitalista porque teve a competência de ser mais barato. Mas acho que se Ali Kamel, com sua visão peculiar de liberalismo, estivesse por aqui, ele tentaria censurar a Vita Cola, pelo fato do produto transmitir ideologias erradas às crianças.


As barracas de salsichas

O Doner, no restaurante turco



O restaurante vietnamita, por fora e por dentro
O prato


Uma sorveteria


Um café

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