Estou aqui como estudante, mas nas férias e nos feriados, fui turista. Portanto, coloco umas lições que aprendi por experiência. Claro que todas estas lições são flexíveis, dependendo do gosto de cada um e das especificidades de cada cidade.
Em primeiro lugar, onde se hospedar. Por menos de 20 euros, normalmente, uma pessoa se hospeda em um hostel. Quem prefere ter um banheiro limpo ao invés de dividir um banheiro sujo pode ter o conforto de um hotel sem o S no meio por no mínimo 35 euros individualmente ou dividindo um quarto duplo de 45 euros. Não há cidade grande turística onde se paga menos do que isto. Estes hotéis de 35 euros ficam mais ou menos afastados do centro turístico. No centro é mais caro. Não é problemático ficar afastado, porque qualquer cidade européia tem bom sistema de ônibus, bonde e/ou metrô. Isto vale quando o hotel localiza-se ainda na zona urbana. Os hotéis de estrada só são recomendáveis para quem está de carro alugado e não depende de transporte coletivo.
Em seguida deve-se pensar sobre o que fazer. Isto depende do tamanho da estada. Quem fica somente um dia em uma cidade, é melhor ver todas as atrações superficialmente, a não ser que a cidade tenha algo muito especial, ou algo de muito interesse pessoal. Quem fica dois dias ou mais, pode escolher uma ou mais atrações para ver com mais detalhes.
Museu merece um cuidado especial. É importante ter uma idéia de quanto tempo se gasta dentro do museu a ser visitado. A quem vai ao Louvre, em Paris, é recomendável reservar quase um dia todo. Quem vai ao Museu de História da Alemanha em Berlim, deve deixar umas quatro horas. A outros museus em Berlim também se aplica esta recomendação. Quem vai ao Hofburg, em Viena, também deve reservar algumas horas. Estas recomendações são para quem gosta de museu, óbvio. Uma observação adicional deve ser feita referente ao horário. Museus abrem das 10 às 18. Quem gosta de ficar horas dentro de um deles, pode se planejar para deixar algumas atrações externas para antes das 10 e depois das 18. Obviamente, para fazer um bom aproveitamento de tempo e dinheiro, deve-se selecionar bem os museus. Tem alguns que expõem somente fotos e etiquetas. Para ver foto e ler texto, existe Wikipedia.
Algumas outras atrações também requerem horário planejado. Subir torres famosas, como a de TV em Berlim, por exemplo, requer uma hora de fila.
Ao escolher atrações, é bom ser um pouco crítico. Não ir a um determinado local só porque todo turista supostamente tem que ir. Por exemplo: uma opinião pessoal sobre a troca da guarda da rainha. Quem fica dois dias ou menos em Londres tem muito mais coisa interessante para ver do que um monte de homem marchando, e ainda por cima, tendo que se amontoar em um monte de gente para conseguir ver alguma coisa.
Experimentar a comida local é sempre bom. Se a comida típica local por rápida, como as salsichas de rua da Alemanha, é possível apreciá-la no almoço e no jantar. Se for lenta, como os restaurantes de várias etapas na Itália, é melhor deixar para o jantar, para não despediçar precioso tempo de dia. Aí, vale deixar um sanduíche ou uma pizza para o almoço.
Sobre souvenirs, cada um tem seu gosto. De vez em quando, compro coisas úteis, como camisetas ou chaveiros, este último ítem, mais raramente. Nunca compro quinquilharias, como bustos pequenos de celebridades da cidade ou copinhos, por exemplo. Antes de comprar quinquilharia, é bom pensar: onde é que vou por este troço. Se for pra presente, tudo bem. Mesmo assim, pode-se pensar: onde o presenteado vai por este troço? Quem está em Viena, por exemplo, e vai comprar um presente para alguém, o bombom do Mozart, mesmo meio picareta, é uma opção melhor do que um mini-busto do Mozart. Tudo isto depende de gosto, óbvio. Se o presenteado for apreciador de música clássica... Mas aí existe inúmeros CDs de ópera, como opção.
Por fim, um breve comentário sobre escolha de épocas: quem não depende de férias escolares pode evitar ir à Europa em julho, mês de preços altos e lugares lotados. Setembro e maio são bons meses por ser baixa temporada. Mas engana-se quem acha que a certeza de tempo ameno é outra vantagem. Quem vai nem muito ao norte nem muito ao sul da Europa pode pegar muito calor ou muito frio nestes meses. Em Viena, chegou a fazer 33 graus no começo de setembro e 5 graus no meio de setembro.
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