terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ih, queimei a língua

O tenista suíço Roger Federer achou que estava com o canivete e o queijo na mão, mas acabou tomando um chocolate do argentino Del Potro, que se revelou melhor como tenista do que seu compatriota Cavallo como economista.

Eu (e mais muitos), que achei que o resultado seria outro, queimei a língua. Ou melhor, os dedos, porque eu escrevi, e não falei.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Uma manchete quase piada

Na hora que eu fui abrir o e-mail no Yahoo, me deparei com a seguinte notícia

http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/mundo_alemanha_merkel_debate_eleicao

Merkel termina em segundo lugar em debate eleitoral na Alemanha


BERLIM (Reuters) - A imprensa alemã elogiou o social democrata Frank-Walter Steinmeier nesta segunda-feira por seu desempenho em debate na TV contra a chanceler Angela Merkel, mas afirmou que ambos pareciam felizes em compartilhar o poder novamente.

Steinmeier, cujo partido SPD está atrás dos conservadores de Merkel, segundo as pesquisas divulgadas duas semanas antes das eleições, pareceu relaxado e confiante enquanto atacava Merkel sobre as políticas nucleares e fiscais na noite de domingo.

Merkel deu sinais de irritação no início e teve reações impacientes com os moderadores que a pressionaram para ser mais combativa, lembrando-a que o debate é um "duelo" e não um "dueto".

Angela Merkel quer acabar com sua desajeitada "grande coalizão" com o SPD e formar um governo de centro direita com os democratas livres (FDP) depois da eleição de 27 de setembro -- um resultado que pode ser ameaçado caso Steinmeier consiga diminuir a diferença.

"Steinmeier marca pontos contra Merkel", diz a manchete do jornal Handelsblatt. O tablóide conservador mais vendido, o Bild, colocou Steinmer como vencedor, mas afirmou que a natureza restrita do confronto sugeriu que os candidatos estarão felizes em trabalharem juntos novamente depois da eleição.

"Essa discussão foi um sinal: nem Merkel ou Steinmer seriam contra manter a grande coalizão", escreveu o colunista do Bild Hugo Mueller-Vogg.

Pesquisas realizadas logo após o debate mostraram que os espectadores estão divididos sobre quem venceu o confronto, que foi acompanhado por 14,2 milhões de pessoas, contra 21 milhões em 2005 quando Merkel enfrentou o então chanceler Gerhard Schroeder.

Steinmer foi ministro de Relações Exteriores na coalizão de direita-esquerda de Merkel nos últimos quatro anos, e os rivais prefeririam evitar ataques agressivos durante a campanha.




Ora, se do debate participaram apenas dois candidatos, ser o segundo é ser o pior. Seria mais fácil dizer "Merkel tem desempenho pior". É igual aquela piada de que Argentina ficou em segundo lugar na Guerra das Malvinas.

(e vai terminar o US Open em segundo lugar)

Outro ponto cômico da matéria foi "o tablóide conservador mais vendido, o Bild". Ficaria melhor: "o tablóide conservador de maior tiragem", ou "o tablóide conservador mais lido".

Hoje no almoço eu conversei com quem viu o debate. Disseram que o debate foi tão sonolento que espera-se agora um crescimento dos pequenos partidos (FDP, Verdes, Linke) e um declínio dos grandes: o CDU de Angela Merkel e o SPD de Steinmeier.

sábado, 12 de setembro de 2009

Notícia mais detalhada da tragédia

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=554MON015


AFEGANISTÃO
Tradutor morre em operação de resgate de repórter do NYT

em 10/9/2009

O repórter do New York Times Stephen Farrell, seqüestrado por membros do Talibã no sábado [5/9] na província afegã de Kunduz, foi libertado na quarta-feira [9/9] por forças britânicas. O intérprete afegão Sultan Munadi, que o acompanhava, foi morto durante o resgate. Farrell cobria um ataque aéreo da Otan, com aviões americanos, a dois tanques de combustíveis sequestrados. O bombardeio causou a morte de mais de 70 civis. O repórter estava no local entrevistando moradores quando um homem apareceu, alertando-o para sair. Em seguida, foram ouvidos tiros e pessoas gritaram que o Talibã estava se aproximando.

A polícia afegã havia alertado correspondentes em Kunduz que a região era controlada pelo Talibã e que, por isso, era perigosa. O New York Times optou por não divulgar o sequestro de Farrell – e teria pedido a outros veículos que também não o fizessem –, temendo pela segurança dos reféns.

O jornalista, de 46 anos, tem dupla nacionalidade britânica e irlandesa. Ele disse não saber se os tiros que mataram seu intérprete vieram dos militantes ou das forças de resgate. "Ouvimos tiros e deitamos. Uma voz britânica me disse para sair. Foi quando vi que Munadi estava na mesma posição. Ele não se mexeu. Quando caiu, ele estava tão perto, a dois passos de mim. É tudo que sei", conta.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse que a operação foi realizada após "planejamento intenso" e que os envolvidos sabiam dos riscos que corriam – além do intérprete, também morreram um soldado, um guerrilheiro talibã e o proprietário da casa que servia de cativeiro. Para Brown, a missão foi "heróica". "Como todos sabemos – e como foi demonstrado – as nossas forças armadas têm habilidade e coragem para agir", opinou.

Profissão perigo

Nos últimos anos, diversos jornalistas ocidentais foram mortos no Afeganistão. Sequestros por militantes do Talibã ocorrem frequentemente por razões ideológicas, enquanto os demais são feitos para obter dinheiro com o resgate.

Munadi trabalhou pela primeira vez para o NYTimes em 2002, deixando o diário anos depois para trabalhar em uma emissora de TV. No ano passado, ele foi para Alemanha estudar, voltando ao Afeganistão em agosto para ver sua família – foi quando teria concordado em acompanhar Farrell a Kunduz, como freelancer. Ele era casado e deixa dois filhos pequenos.

Já Farrell trabalha desde 2007 no diário novaiorquino, já tendo escrito sobre os conflitos no Afeganistão e no Iraque. Em 2004, ele chegou a ser capturado por 10 horas com outros jornalistas, quando trabalhava para o jornal londrino The Times. Farrell é o segundo jornalista do NYTimes a ser capturado no Afeganistão em um ano. Em junho, o repórter David Rohde e seu colega afegão Tahir Ludin escaparam dos sequestradores talibãs no norte do Paquistão. Eles haviam sido capturados em novembro, ao sul de Cabul. Informações de Rahim Faiez [Associated Press, 10/9/09].

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Luto!

Sultan Mohammad Munadi era um dos estudantes afegaos na Erfurt School of Public Policy, que participavam daquele programa já mencionado aqui no blog.
Neste mês, ele estava passando as férias em seu país natal, visitando sua família. Foi feito refém pelo Taliban, junto com um repórter do New York Times. Sultan Mohammad Munadi foi assassinado anteontem.

sábado, 5 de setembro de 2009

E o fórum começa a funcionar

Ontem teve início o funcionamento do fórum on-line em que os cidadãos de Erfurt podem formular e discutir projetos a serem implementados pela Prefeitura. O fórum permite não apenas que cidadãos escrevam e votem em propostas, mas também que eles discutam e formulem coletivamente as propostas.
A ferramenta foi desenvolvida em parceria da Prefeitura com a Universidade. Meu orientador de tese e alguns alunos dele participaram diretamente. Eu havia participado do grupo de trabalho que pesquisou sobre o assunto no início deste ano. Mencionei isto algumas vezes neste blog.

Para quem tem curiosidade para ver como é que é e deseja sugerir ao prefeito de sua cidade que implemente algo parecido, o link é este http://forum.erfurt.de/